Na última semana assistimos a dois ataques violentíssimos ao Jornal Rostos e particularmente ao seu Director, António Sousa Pereira, jornalista de elevada reputação no Barreiro e sem dúvida um dos grandes responsáveis pelo papel que o Rostos ostenta hoje tanto no concelho como na região.
Ora o PS Barreiro, por meio de uma Carta ao Director assinada pelo seu Presidente, classifica um erro na divulgação de dois nomes de candidatos às freguesias como uma "pseudo-notícia" e um "acto de mau gosto jornalístico". Solicita ainda que a notícia seja "corrigida imediatamente" ameaçando com uma queixa à Alta Autoridade da Comunicação Social.
Mais recentemente, e após uma das habituais crónicas de Sousa Pereira no seu blogue de notas, o Director do Rostos lamentou alguma partidarização do lançamento de um livro intitulado "Barreiro, Roteiro das Memórias da Resistência, do Trabalho e da Luta". Segundo Sousa Pereira, a iniciativa fora marcada por uma “matriz conceptual” tendo uma visão meramente “político-partidária” de avaliação da história e das memórias do Barreiro.
O autor do livro (qual estafeta do PCP), num artigo-comentário algo agressivo, intitulado de "Cantou, gostou e agora vem dizer mal", acusa o Director de Rostos de 'cruzada anticomunista', terminando o artigo com um "adeus oh troca tintas", não sei se dirigido ao próprio Sousa Pereira ou se foi só para a piada..
Em suma, os partidos de esquerda do Barreiro andam nervosinhos, e têm claras dificuldades em aceitar opiniões contrárias ou, no caso do PS, em reconhecer como erros normais e não como 'cabalas partidárias' as imprecisões de uma notícia.
O Rostos não merecia; o Sousa Pereira não merecia.
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